NASA inicia estudo da primeira lua "alienígena" usando o telescópio espacial Hubble

Em agosto deste ano, cientistas da NASA revelaram ter descoberto a existência daquela que aparenta ser a primeira exolua — ou seja, um satélite natural fora de nosso sistema solar — já identificada pela humanidade. Localizada a mais ou menos 4 mil anos-luz da Terra, o astro teria dez vezes o tamanho de Netuno e estaria orbitando um planeta muito semelhante a Jupiter, mas dez vezes maior. Ambos residem no sistema solar Kepler 1625-b, batizado assim por ter sido encontrado pelo satélite Kepler (que, por sua vez, tem o nome inspirado no histórico astrônomo Johannes Kepler).

Agora, cumprindo a agenda planejada, a agência espacial começou a fazer observações mais aprofundadas de tal lua alienígena, tentando entender a sua verdadeira estrutura e confirmando de que se trata de um corpo celeste de massa sólida — afinal, outras exoluas já foram encontradas anteriormente, e, no fim das contas, não passavam de estruturas gasosas que evaporaram durante os estudos. Internamente, o satélite é conhecido como Kepler 1625-b-i e, na melhor das hipóteses, pode ter uma composição muito parecida com a da Terra, mas 100 vezes maior.

Estudar exoplanetas e exoluas é a aposta da NASA para identificar novas formas de vida alienígena, mesmo não-inteligentes. E é perfeitamente possível que elas se escondam em um satélite natural e não em um planeta em si. Andrew Norton, professor de astrofísica da Open University, relembra: "Jupiter possui a Europa, suspeita de abrigar água em estado líquido abaixo de uma crosta de gelo, enquanto Saturno possui a Enceladus, cuja existência de água já foi confirmada abaixo de sua camada de gelo de hidrocarboneto.