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Resenha | Tomb Raider – A Origem
Sinopse: Lara Croft é a independente filha de um aventureiro excêntrico que desapareceu anos antes. Com a esperança de resolver o mistério do desaparecimento de seu pai, Lara embarca em uma perigosa jornada para seu último destino conhecido – um túmulo lendário em uma ilha mítica que pode estar em algum lugar ao largo da costa do Japão. As apostas não podiam ser maiores, pois Lara deve confiar em sua mente aguda, fé cega e espírito teimoso para se aventurar no desconhecido.
Hollywood tem um histórico de tentativas de adaptação de videogames para tela de cinema, mas quase todas são massacradas pela critica e pouco engajamento do público. Tomb Raider vem com a missão de acabar com essa maldição, assim como transformar um ícone dos videogames em uma heroína dos cinemas.
O longa, que, diferentemente da versão de Angelina Jolie, acompanha uma Lara Crof mais jovem, e ainda mais movida pela emoção do que pela razão. O primeiro ato do filme funciona na construção da personagem, muito devido à atuação de Alicia Vikander e de toda sua relação com o sumiço de seu pai e sua herança. A personagem é bem construída, inconsequente, habilidosa, carismática e ainda um pouco infantil.
O segundo ato do filme é muito fraco. O roteiro raso e desinteressante somado à inserção de um vilão nada ameaçador fazem a trama perder ritmo e aproveitam mal os personagens adicionados. Diálogos superficiais e com frases de efeito, atuações pouco inspiradas e uma inconsistência no desenvolvimento da protagonista (ora habilidosa, corajosa e inconsequente , ora amadora, medrosa e cuidadosa) geram um desinteresse do público, pouco aproveitando os pontos positivos do primeiro ato.
O terceiro ato consegue trazer uma melhora ao filme ao abraçar totalmente o espírito aventuresco e místico das histórias de Lara Croft, com a solução de quebra cabeças, e armadilhas dentro do caverna, o filme consegue fôlego para terminar bem.
As cenas de ação são o auge do filme, uma boa direção aliada à ótima atuação de Alicia Vikander trazem momentos tensos e bem construídos, que fazem valer o ingresso.
Portanto, Tomb Raider: A Origem funciona nos momentos que aposta na ação e nas poucas cenas em que sabe aproveitar sua protagonista, porque com um roteiro desinteressante e um elenco pouco aproveitado, o longa não tem ritmo, nem um antagonista ameaçador o bastante para que os acontecimentos tenham algum peso na trama.
O longa é melhor que a maioria das adaptações de videogames, mas comparado aos grandes filmes de ação se torna esquecível e se torna uma oportunidade desperdiçada, ainda que apresente muito potencial para uma possível sequência.
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