Resenha | Tal Pai, Tal Filha (Original Netflix)

Em Tal Pai, Tal Filha: Depois de ser abandonada no altar pelo noivo, uma jovem workaholic (Kristen Bell) decide embarcar em um luxuoso cruzeiro – que deveria ser sua viagem de lua de mel – ao lado do pai (Kelsey Grammer). No passado, ele negligenciou a família para investir apenas em sua carreira e agora eles terão a oportunidade melhorar seu relacionamento e entender tudo que tem em comum.

O filme começa nos apresentando os preparativos para o casamento de Rachel e Owen. A noiva, diferente da maioria, dedica seus últimos minutos para trabalhar. Sim, Rachel é obcecada pelo trabalho e até mesmo no momento de ir ao altar, ela está trabalhando.

O longa é apresentado como uma comédia romântica, mas poucos são os momentos engraçados do filme. A maioria das cenas tem teor dramático com pequenas pitadas de humor, quase imperceptíveis. O enredo é interessante, mas o filme tem dificuldades para se sustentar. Rachel passa mais que a metade do filme negando ao pai, o que dificulta a interação dos dois.

A fotografia é boa e as cores são bem fortes. De fato, a produção tem qualidade técnica de imagem. Além disso, as atuações são interessantes. Kristen Bell mostra claramente que sua personagem está decepcionada pelas atitudes do pai. Tudo flui de forma natural e verossímil.

O tema de paternidade e abandono são retratados no filme de forma leve. Apesar de falar de um assunto delicado para pessoas que passaram pelo mesmo, isso pouco é explorado. Os momentos de conversa sobre o passado são poucos.

Os efeitos sonoros e a trilha sonora do filme não apresentam muitas novidades, mas conseguem se sustentar de forma agradável, assim, demonstrando um empenho razoável pela equipe, nem ruim, nem muito bom.